15/04/2011

MUSEU DO VINHO MÁRIO DE PELLEGRIN

Minha irmã Yára me enviou o link do Museu do Vinho Mário de Pellegrin, de Videira, SC. Veio com a afirmação de que eu ficaria interessada. Como não gosto de e não me interesso por bebida alguma, salvo água, suco e refrigerante (é a Yára que adora uns queijos e vinhos), achei que ela, naquele momento, equivocara-se feio. Entretanto, para não desgostar a irmã-amiga, resolvi fazer uma rápida visita, antes de agregar o endereço aos nossos links, como a Yára pedira.
Pois bem. O trabalho do museu, intencionalmente o de “divulgar e apoiar eventos de cunho histórico e cultural na região de Videira, Santa Catarina”, mostra uma dimensão de ampla interação com a comunidade.
Além do vinho – e eles promovem um Curso de Análise Sensorial de Vinhos e Espumantes que, se não chega a me apetecer pela bebida, abre-me visões tonteantes – dizia eu, além do vinho, há inúmeras interatividades de dar água na boca.
Chamou-me a atenção o Projeto Coreto em Movimento. O tal coreto fica na praça defronte ao prédio do museu. É já o museu fazendo parte, integrando-se à geografia, humana e espacial, da cidade. Em torno do coreto já aconteceram: a tarde dos velhos (eles chamam de “melhor idade”, mas já cheguei lá e não acho que seja a melhor); exposição de carros antigos – isso me atrai um bocado; um evento de ritmos brasileiros – baticum em corações e ouvidos; e um dia de brincadeiras populares – incluindo bola de gude, pião, bambolê (gente, eu era muito boa de bambolê, passava da cintura para o pescoço, pros braços, ombros, pernas, agora o danado não fica nem na cintura!), e mais: pipa, peteca, amarelinha, bilboquê. Não falaram em brincadeira de roda, mas deve ter tido.
A nota de destaque é a de que a dinâmica de maior aproximação com a comunidade tem-se mostrado, como era de se esperar, muito consequente: um incremento médio de 90 para 500 visitantes por mês comprova o acerto, numericamente.
Fiquei com muita vontade de ir até esse museu, movimentar-me com o coreto, apreciar as videiras, ver as exposições que promovem, conhecer a cidade e a comunidade, da qual nunca antes tinha ouvido falar. Quando eu for, ainda não vou beber do vinho, mas vou me divertir como se bebesse. 

7 comentários:

  1. Estimada Ione, excelente reflexão a cerca do Museu do Vinho. Saiba que ele é um grande apoiador do Abracaldabra. Meu trabalho de conclusão de curso e estágio final ocorreram nessa instituição. Vale ressaltar a importância dos profissionais museólogos em nossas instituições museais, haja visto que esse significativo número de crescimento (IBOPE) de visitação só se deu a partir da chegada de minha colega, Caroline Martello, atual coordenadora da instituição, profissional graduada em minha turma e da qual sinto-me orgulhoso de ter em nosso quadro de profissionais, pois com afinco e profissionalismo tem feito cada dia mais o Museu do Vinho crescer, comunicar-se e envolver os principais sujeitos representações nas memórias museais: a comunidade videirense.
    Em brave lançamento de Abracaldabra no Museu do Vinho... AGUARDEM... beijokas

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  2. Olá, Eráclito. Não sabia de seus vínculos com o Museu do Vinho. Pois pode ter a certeza de que fiquei fã do trabalho que a sua amiga está fazendo por lá. Acredito muito nesse tipo de proposta, pois cada vez mais penso que são os profissionais da museologia os que podem dar a "virada" na relação entre os museus, as comunidades e as escolas.
    Muito bom encontrar vc por aqui de novo.
    Gde abrç,
    Ione

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  3. Ione, gostei muito de seus comentários a respeito do Museu do Vinho, em SC. Estou muito curiosa para conhecê-lo.

    Eráclito, cada vez, me convenço mais da importância dos museus locais para o desenvolvimento das comunidades.
    Abraço,

    Yara

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  4. Pessoal,

    Acabo de ver pelo googlemaps que Videira fica a somente 5h de Curitiba. =) Fiquei com MUITA vontade de conhecer esse museu. Assim que der vou me programar para fazer essa visita.

    Beijos e obrigada pela indicação!

    Ariane

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  5. Pois não é mesmo instigante, Ariane? Vá até lá e depois conta pra gente como foi. Eu também, quando puder, vou dar um pulo até lá. Apesar de estar bem mais longe.
    Gde abrç,
    Ione

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  6. Monika Dantas Kurmann26 de abr. de 2011, 20:27:00

    Achei super interessante a ideia do museu de fazer erventos onde não se fala só de vinho, mas também da história do local, sem falar que o público com certeza vai apreciar mais o museu com os eventos que falam de outros assuntos.
    A próxima vez que eu for para SC vou tentar dar uma passada no museu do vinho para conhecer!
    obrigada pela dica.

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  7. Não tem de quê, Monika. Acho que o museu merece a sua visita. E, como fiz com a Ariane, vou pedir a vc também: quando for, escreva-nos contando suas impressões.
    Gde abrç.

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