29/04/2011

UMA CRIANÇA QUE GOSTA DE MUSEUS

Atenção para a sugestão, professores e museólogos: conheçam o blog da Sophia. 

Eu já falei na Sophia em postagem anterior. Pois bem. A mais recente postagem no blog "Imersão no Canadá", que a Sophia criou para comentar suas observações sobre o país onde está morando com os pais, traz uma ideia, na prática em sua sala de aula canadense, que também está descrita - com variantes - em nosso livro Abracaldabra, como uma possibilidade de despertar sentidos e significados em jovens visitantes de museus. 

A Sophia explica assim: "Hoje, na aula de Estudos Sociais, fizemos uma atividade de arqueologia. A professora deu fotos de artefatos egípcios para cada grupo e nós tínhamos que descobrir: para fazer o quê cada objeto servia, quem o usava, em qual parte da casa ele ficava e como funcionava. Atrás de cada foto tinha o tamanho, a data e uma pista sobre o objeto".

O blog da Sophiaé uma fonte de inspiração para qualquer professor e/ou museólogo que esteja procurando formas de dar sentido e significado às memórias históricas, culturais, sociais: objeto de suas disciplinas e/ou exposições.

O texto acima é parte da postagem intitulada "Brincando de Arqueólogo" (que inclui também um comentário sobre um museu canadense). Mas eu recomendo que vcs leiam as postagens da Sophia em geral. Se não der, leiam pelo menos a postagem "Buddies" ("Na minha escola tem uma coisa chamada buddies (amigos), uma aula que temos a cada 2 semanas. É quando nós (crianças do quinto e sexto ano) vamos na sala das crianças do primeiro e segundo anos"). "Buddies" termina assim: "Eu e o meu parceiro sabemos que o nosso buddie é muito quieto e tem dificuldade de se expressar, por isso conversamos muito com ele e estimulamos ele a fazer as atividades - diferente de algumas garotas que pintam o desenho para o buddie e nem o motivam a fazer o caça palavras. Eu e o meu parceiro estamos ajudando o nosso buddie a interagir mais com os outros. Acho a ideia de buddies muito legal, já que é uma aula para aprender a ter paciência, ser colaborativo e a cuidar de alguém, como se fosse em família - é como ter uma aula sobre como criar os filhos".

Depois de ler o pedaço de texto acima, tenho certeza de que vocês clicarão aqui e irão direto ao "Imersão no Canadá".
 

28/04/2011

O NOVO SIGNIFICADO DE SANTA CRUZ

Sentido tem. Posso compreender exatamente a natureza da reportagem (O Globo, caderno Razão Social no. 116, 19 de abril 2011, pp. 4-7) que fala sobre os riscos do crescimento, focando os problemas de saúde que vêm afetando a comunidade após o início das operações da CSA - Companhia Siderúrgica do Atlântico.

Faz perfeito sentido, mas o significado ficou muito mais forte, próximo e afetivo, quando li que a principal área atingida fica em Santa Cruz, bairro do Rio de Janeiro que nos recebeu, à Yára e a mim, no dia 20 passado, para o lançamento do "Abracaldabra" (Leia Mais).

Ao funcionar, a CSA despeja 15 substâncias no ar e cinco na água e, ano passado, por duas vezes lançou fuligem no ar, prejudicando diretamente as condições ambientais em conjuntos habitacionais próximos à usina. Médicos e hospitais da região foram ouvidos e disseram que aumentaram os casos de pessoas com queixas respiratórias, irritabilidade, coceiras, diarréia e conjuntivite.

A notícia dava conta das providências que estão sendo tomadas a respeito - espera-se que com resultados eficientes. Mas o que marcou minha leitura foi o indiscutível fato de que Santa Cruz ganhou para mim uma significação maior desde que lá estive.

Agora, Santa Cruz não é apenas um lugar no mapa: Santa Cruz tem rostos, gestos, corações e personas que me dizem mais de perto. Tem história, memória que começa a se incorporar às minhas percepções e ao meu conhecimento (ver também as maquetes contadoras da história do bairro). Por isso a notícia mexeu não só com minha razão, mas com a minha emoção: sentido e significado.

É deste elo de memória, que não depende do contato físico, da presença ou da proximidade, mas sim da força das identificações, que falamos no Abracaldabra, quando dizemos que um conteúdo, para adquirir valor de lembrança memorável, precisa engajar a emoção com a qual atribuímos relevância e estabelecemos relações de significação que separam o "esquecível" do inolvidável.  

15/04/2011

MUSEU DO VINHO MÁRIO DE PELLEGRIN

Minha irmã Yára me enviou o link do Museu do Vinho Mário de Pellegrin, de Videira, SC. Veio com a afirmação de que eu ficaria interessada. Como não gosto de e não me interesso por bebida alguma, salvo água, suco e refrigerante (é a Yára que adora uns queijos e vinhos), achei que ela, naquele momento, equivocara-se feio. Entretanto, para não desgostar a irmã-amiga, resolvi fazer uma rápida visita, antes de agregar o endereço aos nossos links, como a Yára pedira.
Pois bem. O trabalho do museu, intencionalmente o de “divulgar e apoiar eventos de cunho histórico e cultural na região de Videira, Santa Catarina”, mostra uma dimensão de ampla interação com a comunidade.
Além do vinho – e eles promovem um Curso de Análise Sensorial de Vinhos e Espumantes que, se não chega a me apetecer pela bebida, abre-me visões tonteantes – dizia eu, além do vinho, há inúmeras interatividades de dar água na boca.
Chamou-me a atenção o Projeto Coreto em Movimento. O tal coreto fica na praça defronte ao prédio do museu. É já o museu fazendo parte, integrando-se à geografia, humana e espacial, da cidade. Em torno do coreto já aconteceram: a tarde dos velhos (eles chamam de “melhor idade”, mas já cheguei lá e não acho que seja a melhor); exposição de carros antigos – isso me atrai um bocado; um evento de ritmos brasileiros – baticum em corações e ouvidos; e um dia de brincadeiras populares – incluindo bola de gude, pião, bambolê (gente, eu era muito boa de bambolê, passava da cintura para o pescoço, pros braços, ombros, pernas, agora o danado não fica nem na cintura!), e mais: pipa, peteca, amarelinha, bilboquê. Não falaram em brincadeira de roda, mas deve ter tido.
A nota de destaque é a de que a dinâmica de maior aproximação com a comunidade tem-se mostrado, como era de se esperar, muito consequente: um incremento médio de 90 para 500 visitantes por mês comprova o acerto, numericamente.
Fiquei com muita vontade de ir até esse museu, movimentar-me com o coreto, apreciar as videiras, ver as exposições que promovem, conhecer a cidade e a comunidade, da qual nunca antes tinha ouvido falar. Quando eu for, ainda não vou beber do vinho, mas vou me divertir como se bebesse. 

02/04/2011

MUSEU, EDUCAÇÃO, RAZÃO, IMAGINAÇÃO, EMOÇÃO

Encontrei no blog Repensando Museus [que tem postagens ótimas para provocar (re)pensamentos] uma citação do Niemeyer: “a razão é inimiga da imaginação”. Será?
Tenho sérias dúvidas sobre essa dicotomia, a propósito da qual me faço muitas perguntas. Por exemplo: Einstein logicava ou imaginava? O que estava ele fazendo quando imaginou o que aconteceria se alguém pudesse viajar montado num raio de luz?
E nós, quando imaginamos, não raciocinamos? Quando fantasiamos, não refletimos? Quando concebemos, não ponderamos? E quando raciocinamos, refletimos, concebemos, não estamos imaginando?
Essa separação entre imaginar e logicar (usar a razão fazendo uso da lógica) também já teve o seu momento no meu pensar. Hoje mudei de opinião.
Mudei de opinião quando, despertado meu interesse pela neurociência, fui descobrindo a enorme imaginação dos cientistas – é fascinante a lógica imaginativa com que formulam hipóteses e buscam explicações. Quase ao mesmo tempo, despertada minha imaginação para coisas como planetas, astros e universos, fui descobrindo o fantástico imaginário da construção de hipóteses lógico-matemáticas que intentam explicar o universo e o mundo. Todos reconhecemos sem dificuldade a imaginação no artista; pois é igualmente apaixonante descobrir os delírios imaginativos dos cientistas.
O que tem isso a ver com museus? Bem, a Maria Isabel, do Repensando Museus, usou a citação do Niemeyer para declarar que museus devem instigar a imaginação, sobretudo das crianças. Concordo, porque os espaços museológicos de todos os tipos têm tudo para instigar: a imaginação e, simultânea e inevitavelmente, a razão. Ali, nesses espaços, abertos ou fechados, o encontro de memórias – passadas, presentes, futuras – ativa a mais humana das nossas capacidades mentais, a de pensar-se e, ao fazê-lo, libera “o organismo de repertórios e reações fixas, permitindo a representação mental de alternativas, imaginação, liberdade”, como explica o neurocientista Oliver Sacks (prefácio de “O Cérebro Executivo”, de E. Goldberg, RJ: Imago Ed., 2002).
O que vocês pensam? Imaginação e razão caminham juntas? Ou são “inimigas”, como algum dia afirmou Niemeyer? Esse debate cabe no tema “museus”?
Escrevi um comentário à postagem de Maria Isabel. Leia mais.

31/03/2011

MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA - 37 ANOS

O museu Casa Guimarães Rosa, vinculado à Superintendência de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura de MInas Gerais, completou 30 anos dia 30  de março. O  trabalho desse museu segue uma postura de atendimento prioritário à comunidade de Cordisburgo e cidades vizinhas, e funciona como centro de referência da vida e obra de Guimarães  Rosa, e como núcleo de informações, estudos, pesquisa e lazer.

Para celebrar o aniversário do museu, aconteceram duas oficinas: uma, com o Grupo de Contadores de Estórias Miguilim, formado por jovens, uma graça de trabalho, segundo testemunho de Yára. Fundado em 1995, o grupo tem o propósito de divulgar a obra de Rosa e, ao mesmo tempo, enriquecer a visita ao museu com narrações de trechos da obra do escritor. 

A segunda oficina, “Trajetórias de Guimarães Rosa”, dirigida aos alunos do quinto ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Mestre Candinho, em Cordisburgo., aconteceu na própria escola, com os alunos construindo um painel cronológico a partir de leituras de documentos das trajetórias do autor.

Museu virtual
Conheça o Museu Casa Guimarães Rosa pela internet: www.eravirtual.org. É possível ainda, por meio do mesmo site, visitar outros museus mineiros e brasileiros. 

De Minas Gerais, podem ser visitados: o Museu do Oratório e o Museu Casa Guignard, em Ouro Preto; e a Casa Fiat de Cultura e o Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. Em breve, estarão disponíveis visitas ao Museu de Ciências Naturais da PUC Minas e Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte.

28/03/2011

MUSEU VIVO

Hoje fui visitar o blog Repensando Museus: museu, educação, infância, e recomendo - tem informação por lá que vocês vão gostar de saber. De lá acabei indo parar em outro blog pra lá de interessante. Sophia, uma menina brasileira de 10 anos, está desde o ano passado vivendo com os pais em Toronto, Canadá. Para compartilhar sua experiência em terras estrangeiras, criou seu próprio blog, o Imersão no Canadá (clique e conheça). Sophia é uma menina muito interessante e suas postagens apresentam com inteligência suas observações.

Uma dessas postagens - Black Creek Pioneer Village - fala de sua visita a um museu vivo, simulação completa de uma vila canadense tal como existiu em 1867. Sophia gostou muito da experiência e eu, pessoalmente, também adoro os museus vivos.  Fiquei com aquela vontade de ir até lá também.

No entanto, já ouvi de alguns museólogos que esse tipo de simulação é uma aproximação "equivocada" à ideia de museu. Pode ser, mas eu concordo mesmo é com a Sophia, cujo blog vou passar a frequentar.

E você? Qual a sua opinião a respeito?

16/03/2011

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

"Abracaldabra", Picada Café. Saudamos vocês.
As iniciativas, eventos e envolvimento da comunidade nas atividades com foco no patrimônio histórico, cultural e ambiental do município estão bem no espírito "abracaldabra": de fora pra dentro, de dentro pra fora, fazem-se as descobertas de sentido e significado que marcam o pertencimento a uma comunidade.
Leiam sobre o que acontece por lá na página Central de Atividades.

15/03/2011

DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA O RACISMO

Dia 21 de março é o Dia Internacional de Luta Contra o Racismo. Os museus também participam da iniciativa, quer garantindo o acesso à criação artística contemporânea da África (Museu de Arte Contemporânea de Niterói), quer com realizações como o 1o. Encontro de Mulheres Negras de Clubes Sociais Negros da Região Central (Museu Comunitário Treze de Maio - o primeiro museu afro-brasileiro do Rio Grande do Sul). Veja notícias completas na página Memórias Futuras.

12/03/2011

FANZOCA DO FAUSTINI

O Globo de sábado, 12/03/2011, no segundo caderno, página 3, traz uma reportagem assinada por Renato Lemos.
Começa assim: “Pensem só nisso: 40 autorretratos filmados por crianças – com um máximo de um minuto cada – em que nenhuma delas pode mostrar o rosto diante da câmera, apenas juntar objetos ou lembranças que digam exatamente quem são”.
Renato Lemos está escrevendo sobre a Escola Livre de Cinema, em Nova Iguaçu, que oferece cursos para crianças e adolescentes da comunidade. Pergunto: a atividade não lhe traz à mente museu e educação, no que têm de mais instigante e radical, e em comum com a proposta da escola de cinema? Pois é, isso de se perceber, de se afirmar, de se situar no mundo, não como quem “representa a vida”, mas como quem usa o que aprende “para interferir nela” (a vida).
Esta última formulação, assim como foi reproduzida, é do idealizador da Escola Livre de Cinema, Marcus Vinicius Faustini, aquele mesmo que escreveu o “Guia afetivo da periferia”, e que em uma entrevista comentada na minha postagem de 20/12/2010, focou a memória como “uma categoria estética da periferia”.
Tem mais: Faustini recorre a um verso de Paulo Leminski para marcar a primeira lição que as crianças da escola devem levar para casa: “Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além”.
Nem conheço o Faustini, mas vou confessar uma coisa: estou virando fã de carteirinha.
O que você acha?  

RES PUBLICA E O XIXI NO CARNAVAL

Estou aqui pensando, após ter feito a visita virtual ao Museu da República, Palácio do Catete, Rio de Janeiro <www.museudarepublica.org.br>: os “mijões” do carnaval carioca dão um bom mote para a discussão do tema “República” com alunos. Vejam algumas das minhas ideias na página Central de Atividades.

10/03/2011

REPÚBLICA VIRTUAL

Visitei hoje o site do Museu da República, museudarepublica.org.br  A iniciativa, de Rodrigo Coelho e Carla Sandim, de Minas Gerais, transforma esse museu no único no Rio de Janeiro a oferecer a alternativa das visitas virtuais. Curti muito, mas precisei de paciência com alguns pequenos problemas, como o tempo um pouco longo para baixar alguns ambientes, falhas no som, e ícones que não abriam. Bem, o problema pode ter sido meu - falta de prática, ou defeito do computador - mas registro que uso a internet com velocidade de 10 mega (Vírtua). Depois descobri um meio mais rapidinho de passear pelo site: embaixo, à esquerda, é possível clicar direto no ambiente aonde pretendemos ir, e chegar sem muitas delongas.

De modo que mesmo com os probleminhas - tenho certeza de que vão ser resolvidos - recomendo a vocês o site. Depois me contem as ideias que a visita lhes trouxe à mente: para atividades com alunos, para pensar a nossa República, para simplesmente viajar no tempo e no espaço. Vão até lá e me contem.

11/02/2011

SENSAÇÕES EXPOSTAS NA CASA DA CIÊNCIA

Quer percorrer o tempo, seguir as pegadas de um dinossauro, surpreender-se com registros da separação dos continentes? 

A exposição Sensações do Passado Geológico da Terra, na Casa da Ciência da UFRJ, em parceria com o Departamento de Geologia, vai levar-nos a experimentar as sensações de um terremoto, a tocar em rochas de bilhões de anos, a explorar o surgimento do oxigênio, a acompanhar a evolução do homem, e a interagir com o Baurusuchus salgadoensis, espécie de crocodilo que viveu há 90 milhões de anos no Brasil.

Atividades Paralelas: laboratório de atividades sensoriais (sabores, cheiros, texturas, cores e realidade aumentada); contação de histórias; exibição de curtas e debates; ciclo de palestras Ciências para Poetas; Georama – depoimentos em vídeo-cabines; Cineclube Ciência em Foco; mostra de vídeos de Geologia; roteiros geológicos para professores – No meio do caminho tinha uma pedra...
 
De 08 de fevereiro a 15 de maio de 2011. Entrada Franca. De terça a sexta, das 9 às 20 horas. Sábados, domingos e feriados, das 10 às 20 horas. Quer saber mais? Casa da Ciência. Rua Lauro Müller 3 – Botafogo. Telefone: (21) 2542-7494. www.casadaciencia.ufrj.br / twitter:@casadaciencia 

Você gosta deste tipo de exposição? E de atividades paralelas à exposições?

09/02/2011

RIO NO VERÃO É O FORTE

"Os Playmobil (já brincou com eles?) resolveram tirar umas férias e escolheram o Rio de Janeiro como destino. E eles chegaram preparados: de óculos escuros, chapéu, toalha para estender na areia. Alguns mais requintados trouxeram até suas lanchas e jet skis". É assim que começa a divulgação de uma exposição que promete ser muito interessante, e que estará ocupando o Forte de Copacabana (um lugar gostoso de visitar, com uma filial da Confeitaria Colombo para lanchar, e uma vista deslumbrante da orla), no período de 12 de fevereiro a 13 de março. Aberta de terça a domingo (inclusive durante o Carnaval), das 10 às 19 horas. Ingressos a R$15 (inteira) e R$7 (meia). Os valores já incluem a entrada no Forte. Entrada franca para crianças até 10 anos de idade e pessoas acima de 80 anos. Quer saber mais? Informações: (21) 2510-2744.

Olhaí, gente, eu moro no Rio e estou comentando o que acontece por aqui. O que anda acontecendo nos museus e casas de cultura nas cidades de vocês? Alguma exposição atraente? Vamos trocar informações? 

20/12/2010

EMPODERAMENTO

'Empoderamento' é o termo usado por Mário Vinicius Faustini, autor do "Guia Afetivo da Periferia", para referir-se ao norteamento dos projetos da Assessoria Especial de Cultura e Território da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Faustini, "um cara do subúrbio do Rio", como descreve a reportagem de Karla Monteiro para o Segundo Caderno de O Globo (18.10.2010, p.10), explica o termo: "A gente tem que empoderar as comunidades para que elas se expressem e se tornem mediadoras de seus problemas. (...) No primeiro momento, vamos focar na ideia de memória. A memória é uma categoria estética da periferia, presente no samba, no funk. (...) A cultura pode promover o encontro que a sociedade precisa. Em vez de representar a favela, a ideia é a de apresentar a favela, colocando-a dentro do fluxo da cidade."
Fiquei delirando sobre as afirmações do Faustini na maior admiração. E me encontrei com a pergunta: qual a relação entre esta definição de memória e as funções do museu? O que você acha?

07/10/2010

DÚVIDA E EDUCAÇÃO

"Descartes já dizia que o motor do conhecimento não é a certeza, é a dúvida. Não podemos formar os alunos para as rotinas, temos que formar os alunos ... (para) como se comportar diante do que não conhecem". Prof. Agnaldo Farias - Arquitetura/USP -  Ver no Youtube - TEDxUSP - "Entre Homero e Platão".

Você concorda?